Crea-Minas e Polícia Federal firmam parceria para inibir a prática de falsificação de diplomas

A intenção é agilizar a identificação de irregularidades com a punição das pessoas que cometem o crime. Desde 2013, o Crea-Minas identificou aproximadamente 220 casos de diplomas irregulares

Reportagem: Pacheco de Souza / Foto reprodução da internet

Imagem ilustrativa

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Com o objetivo de inibir a prática da produção e do uso de diplomas falsos das profissões da área tecnológica, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-Minas) e a Superintendência Regional da Polícia Federal em Minas Gerais assinaram um Termo de Cooperação Técnica, no início de julho, de 2015, na sede do Conselho, em Belo Horizonte.

Segundo a assessora jurídica do Crea-Minas, Fátima Amaral, um dos principais pontos da parceria é que ela vai agilizar a identificação de irregularidades, bem como a punição dos infratores, inclusive, com a realização da prisão em flagrante. Quando constatada a fraude no documento escolar, o Conselho aciona a Polícia Federal, que irá imediatamente efetuar a prisão. “Um processo penal que iniciaria, no mínimo, em 30 dias, será resolvido em questão de horas. Essa agilidade faz toda a diferença no combate a esse crime, que aumenta cada vez mais no país”, afirma Fátima.

Desde 2013, o Crea-Minas identificou aproximadamente 220 casos de diplomas irregulares. “Hoje é recorrente a produção de diplomas falsos. Com apenas um clique na internet, qualquer pessoa consegue obter um documento irregular”, conta Fátima. O Crea-Minas vem adotando medidas mais efetivas no combate a esse crime, por exemplo, mecanismos de reconhecimento da digital, a criação da carteira de autorização para Registro Profissional no Conselho entregue ao formando no momento da colação de grau, entre outros. “São uma série de critérios que torna cada vez mais difícil fraudar um diploma”, diz. A assessora jurídica ressalta que a prática da falsificação do documento é crime. Tanto quem produz quanto quem utiliza o diploma irregular responde por falsidade ideológica, com pena variando de um a seis anos de prisão.

O Termo de Cooperação entre os órgãos também prevê a disponibilização do banco de dados do Conselho à Polícia Federal, que terá acesso automático a informações como nome, endereço, Anotações de Responsabilidade Técnica (A.R.T.) dos profissionais registrados no Crea-Minas.