Partidos derrotados: Vereadores dizem não ao aumento de cadeiras na Câmara Municipal de Pedro Leopoldo

Pressão popular através no MIX NOTÍCIAS e no FACEBOOK contribuiu para convencer vereadores indecisos e derrubar o projeto antes mesmo dele ser apresentado

Reportagem e foto: Pacheco de Souza

Frustração. Esse era o sentimento de muitos líderes de partidos de Pedro Leopoldo ao deixar a Câmara Municipal da cidade na tarde dessa quinta-feira, dia 31 de maio, após reunião para discutir o aumento no número de vereadores na casa legislativa da cidade. Hoje a Câmara conta com 10 vereadores para representar um público estimado de 65 mil habitantes no município, mas alguns partidos políticos da cidade lutavam para que esse número chegasse a 15.
Derrotados pela opinião popular após enquete do MIX NOTÍCIAS, os vereadores caíram na boca do povo através do Movimento Kdê PL na rede social facebook. A população prometeu protestar caso o projeto de aumento das cadeiras passasse no plenário. Temendo um desgaste político em ano eleitoral, os vereadores recuaram e decidiram ouvir o povo.

Visivelmente frustrado, Sélio Sena, Presidente Municipal do PMDB e coordenador da reunião, deu por encerrado toda discussão sobre o projeto de aumento de cadeiras na Câmara Municipal. “Pra mim esse assunto está encerrado, dos 12 partidos presentes na reunião apenas 07 foram favoráveis ao aumento de cadeiras na casa legislativa, mas quem irá decidir se aumenta ou não são os atuais vereadores. Entretanto, percebemos também que muitos vereadores são contrários ao projeto e isso inviabilizou o projeto”, comentou.

O experiente vereador Reginaldo Alves Saraiva (foto), presidente do PTC, argumentou que só vota favorável ao projeto após a Câmara Municipal apresentar um projeto de impacto financeiro. “Não é simplesmente aumentar o número de cadeiras, aqui não é uma empresa que precisa aumentar o número de funcionários para produzir mais. É preciso fazer um impacto financeiro para saber se haverá dinheiro para pagar as despesas com mais cinco novos vereadores na casa legislativa”, disse.

“É preciso ter responsabilidade para discutir o assunto, não podemos causar uma falsa expectativa naqueles que sonham em entrar aqui na casa. Se fizer o estudo do impacto financeiro e se tiver quórum para votar o projeto, eu sou favorável, mas não tendo esse estudo para mostrar que o aumento de cadeira não irá prejudicar o funcionamento da Câmara Municipal, então, meu voto é contrário ao projeto”, acrescentou.