Quadrilha que desviou dinheiro de conta bancária com ajuda de funcionário de banco é presa

Reportagem: Lívia Laudares / Fonte: Polícia Civil de Minas Gerais

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu seis suspeitos dos crimes de associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Na transação, os suspeitos desviaram mais de 410 mil reais e tiveram o apoio de um funcionário do banco da vítima. Com documentos falsos e informações privilegiadas, apresentaram ao banco procuração para movimentar a conta bancária da vítima e já estavam preparando um golpe de mais de 2,7 milhões de reais.

Carla Bispo, 40 anos, com documentos falsos, se passou por irmã da vítima para praticar o crime de estelionato. A quantia foi alocada na conta corrente da Empresa Raíssa Embalagens que possuía como sócios o casal, também investigado, Helenildo de Oliveira França (45) e Gislene da Silva Santos (33). Anteriormente inativa, a empresa foi reativada com o objetivo de receber o valor desviado da conta corrente da vítima.

Através das investigações, apurou-se que a empresa Raíssa Embalagens foi de propriedade da esposa de José Ronaldo Cassiano (56) e tinha razão social anterior de Raíssa Modas. Com a alteração contratual o casal se tornou sócio da empresa, que teve como objetivo dissimular o ingresso do valor retirado da conta da vítima.

Um funcionário do banco da vítima estava envolvido

Segundo o superintendente de Investigação e Polícia Judiciária, delegado-geral Márcio Lobato, a falta de movimentação na conta corrente da vítima motivou os suspeitos a aplicarem o golpe. “Por morar fora do Brasil, ela não movimentava sua conta há muito tempo, o que deu prazo aos suspeitos para aplicarem o golpe. Mas, tal fato, não exime o banco de conferir rigorosamente documentos, e, sobretudo, a presença física do titular de uma conta para que outrem se torne co-correntista.”, ressaltou.

Já o delegado responsável pelo inquérito, Vinícius Dias, relatou que esta organização criminosa movimentou grande quantia em dinheiro e pretendia um golpe ainda maior. “Conseguimos desarticular a quadrilha antes que efetuasse outra transação fraudulenta, desta vez no estado do Rio de Janeiro, o que somaria mais 2,7 milhões de reais em prejuízos às vítimas. Havia dois braços operacionais, um dentro da instituição financeira e outro que elaborou as procurações falsas. Porém, os demais suspeitos já estão sendo identificados, o que desarticulará definitivamente toda a organização.”, afirmou.