Suspeito de matar empresário em Macacos foi apresentado à imprensa nesta quinta (28) pela Polícia Civil

Reportagem: Pacheco de Souza / Fotos Divulgação PC/MG

Delegado Fernando Marins apresenta Evaldo Pereira

Delegado Fernando Marins apresenta Evaldo Pereira

Evaldo Pereira de Souza, de 44 anos, foi preso preventivamente na última terça-feira (26), pela Polícia Civil, em Nova Lima, suspeito de cometer homicídio contra o empresário Edson Batista, de 65 anos. A vítima foi encontrada morta na última segunda-feira (25), por volta de meio-dia, em casa, em Macacos, distrito de Nova Lima, embaixo de um banco de madeira, enrolado em um cobertor.

Em depoimento, o suspeito confessou a autoria do crime. De acordo com o que foi apurado pela Polícia Civil, Evaldo era conhecido da vítima, e a motivação do crime teria sido passional, porque, de acordo com o suspeito, Edson vinha se envolvendo com a sua ex-esposa, uma mulher de 50 anos. O relacionamento entre Evaldo e a mulher vinha ocorrendo há aproximadamente seis meses, e ela e Edson estavam separados há cerca de dois.

Circuito de TV mostra suspeito e vítima saindo de restaurante após almoçarem juntos antes do crime

Circuito de TV mostra suspeito e vítima saindo de restaurante após almoçarem juntos antes do crime

Evaldo trabalhava em uma usina elétrica, no interior do Rio de Janeiro, e, eventualmente, fazia trabalhos de marceneiro. Edson era dono de uma empresa de transportes, onde o cunhado de Evaldo trabalha como gerente. Foi através desse homem que o suspeito e a vítima se conheceram e se tornaram amigos há dez anos. Evaldo não possuía passagens anteriores pela polícia.

A polícia acredita que o crime tenha ocorrido no sábado (23), porque o último contato de Edson com a família foi nesse dia, por voltas das 17h. Nesse dia, Evaldo e Edson almoçaram juntos, por volta das 15h30, em um restaurante em Macacos. Imagens de circuito externo de segurança, registradas por volta de 16h10, mostram os dois homens saindo do local.

No entanto, a data exata e a causa da morte de Edson só serão precisadas quando ficar pronto o laudo de necropsia do corpo, que tem previsão de conclusão em 25 de agosto.

“Ele alegou que entrou em vias de fato com a vítima, que caiu e bateu a cabeça. No entanto, após todas as oitivas e constatações de provas, vimos que ele estava mentindo. A vítima tinha dois cortes grandes na testa, quatro perfurações nas costas e diversos hematomas pelo corpo”, aponta o delegado Fernando Marins, responsável pelo caso.

Uma das provas mais contundentes encontradas pela polícia foi o botão de uma camisa, ainda com um pedaço de linha, encontrado no local do crime, próximo ao corpo de Edson. O botão é igual aos utilizados nos uniformes de trabalho de Evaldo. Na terça-feira, quando o suspeito se apresentou à delegacia, ele usava uma camisa de uniforme igual à que estava no dia do crime, e foi possível a comparação dos botões. O fato de o botão possuir um pedaço de linha atrelado a ele demonstra, inclusive, que ele teria sido arrancado.

Investigação em andamento

As apurações do homicídio de Edson, no entanto, ainda não foram concluídas, e a polícia ainda apura se houve a participação de outras pessoas no crime. Na segunda-feira (25), a mulher de Edson encontrou o corpo e acionou a polícia.  Ela tinha a chave da casa da vítima e o segredo do cofre da residência e retirou o cofre do local. Dentro dele havia grande quantia em dinheiro, sendo aproximadamente R$ 36 mil reais, cerca de $ 6 mil dólares e por volta de € 1 mil euros, além de joias. O cofre foi apreendido pela polícia e entregue à família de Edson.

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