Inaugurado Espaço de Humanização no Presídio de Pedro Leopoldo

Aconteceu nesta manhã de quinta-feira, (03/05), a inauguração do Espaço de Humanização do Presídio de Pedro Leopoldo.  Foram inauguradas duas salas: uma delas é uma biblioteca, com mais de 1.500 livros disponíveis, e a outra será usada para cursos de cabeleireiro.

O projeto é uma iniciativa do juiz aposentado, Dr. Henrique Alves Pereira. O espaço recebeu o seu nome como forma de homenageá-lo.

Além da presença do Dr. Henrique Alves Pereira e familiares, a cerimônia contou ainda com a participação do Charleson Michel Pinto da Silva, administrador do presídio, o Prefeito Cristiano Marião, alguns vereadores, Promotores de Justiça, Delegados da Polícia Civil, Polícia Militar e o Conselho Comunitário de Segurança Pública, dentre outras autoridades.

O Coordenador Arquidiocesano da Pastoral Familiar, Assis Francisco Ribeiro (foto ao lado), enalteceu o trabalho realizado no presídio e revelou que já tem oito anos que ele espera por este momento.

O prédio foi construído na década de 70, antes de se tornar um presídio era uma delegacia da Polícia Civil. Atualmente, 130 presos estão na unidade prisional e serão beneficiados pelo espaço humanitário.

O Brasil é o terceiro país com a maior população carcerária no mundo, e muitos presídios daqui sofrem com o problema de superlotação e precarização. E uma vez expostos a situações insalubres, eles tem grande chances de saírem de lá muito piores do que entraram.

Proporcionar espaços como esse, dentro dos presídios, é uma oportunidade para que essas pessoas possam se desenvolver intelectual e profissionalmente, e após cumprirem sua pena, ganharem a chance de ser realmente integrados novamente à sociedade.

Texto: Ingryd Rodrigues/ Fotos: Pacheco de Souza

Greve dos Agentes Penitenciários em Minas suspende visitas em presídios do Estado neste sábado e domingo

BANNER CERÂMICA JENIPAPO RODAPÉ

Reportagem: Pacheco de Souza / Fonte Portal Uai

PRESÍDIO DE PL REFORMADO 500 x 332Unidades prisionais de Minas Gerais não estão recebendo visitas neste sábado. O motivo é a greve dos agentes penitenciários que acontece mesmo depois que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) concedeu liminar ao Governo do Estado e fixou multa de R$ 100 mil por dia de paralisação. A Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) informou que está intervindo nas cadeias que as famílias estão sendo proibidas de entrar.

A posição do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp) difere da Seds. A categoria informou que a paralisação atinge 70% das unidades. “Ainda não fomos notificados, pois isso continuamos em greve. Quando chegar a notificação, teremos que suspender o movimento grevista”, informou um representante do Sindasp.

A greve dos agentes foi divulgada na última terça-feira. Segundo o SINDASP-MG, a categoria cobra a aprovação lei orgânica do sistema prisional, o abono fardamento, e reclama do atraso do cronograma do curso de formação de 2013, entre outras reivindicações. Os agentes também denunciam a superlotação do sistema prisional, assim como más condições do encarceramento dos presos e trabalho dos agentes.

Presídio de Matozinhos

Presídio de Matozinhos

Nessa sexta-feira (10), a categoria se reuniu com representantes das secretarias de Planejamento e Gestão (Seplag) e de Defesa Social (Seds), porém, as propostas não agradaram os agentes, que mantiveram a greve. Com a negativa, o Governo conseguiu na Justiça uma liminar para tentar barrar o movimento. O desembargador informou que a decisão foi para “proteger direitos fundamentais ameaçados, como é o presente caso da segurança pública”.

Mesmo com a decisão, a greve foi mantida pelo Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindasp). Segundo a Seds, a paralisação atinge parte das cadeias do estado. “A sentença liminar diz claramente que todos os serviços à população terão que ser prestados, o que inclui, evidentemente as visitas, que estão ocorrendo na esmagadora maioria das unidades neste sábado, 11/06. Nas exceções, o governo do Estado está intervindo para garantir o direito das famílias e de seus parentes presos”, afirmou em nota.

Confusões

Na manhã deste sábado, segundo a Seds, nenhum motim foi registrado. Porém, ontem a possibilidade das visitas nos presídios serem suspensas provocou a indignação de alguns presos. Tumultos foram registrados no Presídio de Governador Valadares, na Região do Rio Doce, no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Centro-Sul, no Presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, e nos presídios de São Joaquim de Bicas.

No Ceresp, detentas colocaram fogo em colchões e algumas presas tiveram queimaduras e intoxicação. Uma fumaça escura e tóxica tomou conta de toda a unidade e chegou até ao Departamento de Investigação Antidrogas que funciona ao lado. “Pedimos para a diretora retirar as mulheres porque iriam acabar morrendo. Ela se negou, por isso, os policiais abriram a porta da cela para retirar as detentas. Com mais 10 minutos elas tinham morrido”, contou uma fonte que preferiu o anonimato.

Agentes do Comando de Operações Especiais (Cope) da Seds conseguiram controlar o tumulto. As presas foram retiradas e levadas para o pátio. Oito presas que estavam grávidas foram separadas. De acordo com o Corpo de Bombeiros, as gestantes foram intoxicadas pela fumaça. Outras detentas foram feridas por tiros de bala de borracha. Uma viatura da corporação e quatro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram empenhadas na ocorrência. Cinco médicos socorreram as detentas. Ao menos cinco, tiveram que ser levadas para um hospital. Porém, a informação é que os estados de saúde delas não são graves. A Seds vai instaurar uma investigação preliminar para apurar o ocorrido sob o aspecto administrativo.

Mais cedo, policiais militares foram mobilizados para conter uma possível confusão no Presídio de Governador Valadares, no Vale do Rio Doce. Segundo um representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) local, os presos ficaram alvoroçados com a possibilidade de não haver visitas no fim de semana por conta da greve dos agentes penitenciários, que começa no sábado.

A Polícia Militar (PM) foi acionada para fazer a prevenção de um motim. A rua próxima ao local foi interditada, mas liberada pouco depois das 12h, após a situação ser controlada. Policiais vistoriaram o local e constataram que não houve feridos ou danos na estrutura.

Assembleia geral na próxima segunda (13)

Em entrevista tarde passada à Rádio Itatiaia o presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários de Minas, revelou que na próxima segunda-feira (13 de junho) terá uma Assembleia Geral na praça da Assembleia Legislativa em Belo Horizonte – ALMG. Os agentes vão fazer uma avaliação do movimento grevista e avaliar também a proposta do Governo do Estado encaminhada à categoria.

Durante a entrevista o líder Sindical pediu desculpas à população por possíveis transtornos causados pela greve, mas ganrantiu que o movimento é necessário, visto que, há mais de um ano vem tentando negociação sem sucesso com o Governo de Minas.

Presídios de Pedro Leopoldo e Matozinhos

Nos presídios de Pedro Leopoldo e Matozinhos (fotos acima), nossa equipe apurou que o movimento grevista é respeitado pelos próprios detentos e seus familiares. Nas duas unidades não há registros de confusão.

 

FAMILIARES DE PRESOS PARTICIPAM DE CONFRATERNIZAÇÃO

BANNER SINTICOMEX NATAL

EVENTO REALIZADO PELA PASTORAL CARCERÁRIA TEVE MISSA, MÚSICA AO VIVO E ATÉ ALMOÇO PARA OS FAMILIARES

Reportagem e fotos: Pacheco de Souza

Vanderlei Dias segurando a filha e, ao lado, Assis Ribeiro

Vanderlei Dias segurando a filha e, ao lado, Assis Ribeiro

Dezenas de familiares de presos de Pedro Leopoldo participaram na manhã desse domingo, dia 29, de uma confraternização na Escola Municipal Dona Nhazinha Carvalho no centro da cidade. O evento realizado pela Pastoral Familiar, especialmente para as famílias de detentos da cidade, teve Missa, Música ao vivo e até almoço.

O presidente da Celebração Eucarística foi o padre Mário Lúcio da Paróquia de São Sebastião. Logo depois da celebração foi distribuído o almoço para os presentes.

“Essa parceria da Pastoral Familiar com as famílias é linda porque ajuda os familiares dos presos que não tem condições de fazer uma confraternização de natal”, observou a Dona Eunice Gomes Rocha.

Irmã Eunice ao centro, o neto e a nora

Irmã Eunice ao centro, o neto e a nora

O trabalho da Pastoral Carcerária em Pedro Leopoldo existe a quatro anos e, de acordo com o Coordenador da Pastoral, “o objetivo agora é fazer um levantamento de quantos presos existem na cidade e onde eles estão cumprindo sua pena, para que as famílias possam receber o apoio da equipe da Pastoral”, contou Vanderlei Dias.

Segundo a Pastoral Carcerária, muitos dos presos transferidos do Presídio de Pedro Leopoldo após a rebelião do ano passado, estão cumprindo pena na cidade de Vespasiano, mas uma grande parte está em outros presídios do estado, longe de suas famílias, contrariando o Código de Processo Penal.

PEIXADA NA IGREJA DE SÃO JUDAS

Outra confraternização aconteceu na noite de sábado (28) na Igreja de São Judas Tadeu na região norte de Pedro Leopoldo. Na ocasião, após a celebração da última Missa do ano, foi servida uma deliciosa peixada a centenas de fiéis que lotaram a igreja naquela noite.

Segundo os festeiros de São Judas Tadeu, cerca de 200 quilos de peixe foram preparados pelas cozinheiras para servir aos féis que colaboram ou que já colaboraram com a obra edificação da igreja no bairro Andyara.

Ano novo mensagem Mix Notícias

Sem obras: Presídio de PL continua fechado um ano após rebelião

Membro da Pastoral Carcerária afirma que presídio de Pedro Leopoldo é na verdade uma cadeia maquiada pelo governo

Reportagem: Luciana Gonçalves / Fotos: Pacheco de Souza

Pesídio de Pedro Leopoldo - Detentos I

Localizado em área residencial, presídio é um risco à população

O vice coordenador da Pastoral Carcerária de Pedro Leopoldo Assis Ribeiro, juntamente com Wanderlei Dias (Coordenador da Pastoral Carcerária) e também a Sra. Maria de Lourdes que é Coordenadora Diocesana da Pastoral Carcerária através da Arquidiocese da capital, reuniram-se na manhã dessa terça-feira (17) em Belo Horizonte com Dr. Samuel diretor de construção de presídios da Secretaria de Defesa Social do Estado (SEDS).

Em entrevista à equipe do MIX NOTÌCIAS, Assis  informou que a Pastoral Carcerária da Arquidiocese tem a missão de visitar os presos para prestar-lhes uma assistência religiosa, mas que também se preocupam com a situação dos familiares e que o objetivo da reunião era justamente para cobrar do Estado uma resposta sobre a situação do presídio de Pedro Leopoldo, pois desde a rebelião ocorrida há um ano (18 de dezembro),  os presos da cidade foram levados para outras partes de Minas, grande parte  transferidos para o presídio de Vespasiano, causando uma superlotação, o que contraria a Lei de Execução Penal, já que o preso deve cumprir sua pena mais próximo do seu domicílio. No mês de setembro eles estiveram no local e a expectativa era de que a obra de reforma já estivesse em fase de conclusão, porém se depararam com a obra paralisada, então decidiram procurar o governo para saber sobre a situação real.

Unidade está fechada após rebelião do dia 18 de dezembro de 2012

Unidade está fechada após rebelião do dia 18 de dezembro de 2012

De acordo com ele, o Dr. Samuel informou que a conclusão da obra está prevista para meados do ano que vem, quando poderá abrigar os presos novamente. “O governo havia liberado uma verba de R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinquenta mil reais) para fazer parte da reforma, porém no meio do desenvolvimento do projeto a obra foi blindada devido ao governo estar ultrapassando o limite da lei de Responsabilidade Fiscal, então teve que transferir a obra para o ano que vem”, disse. Assis afirmou ainda que ficou preocupado pois, as famílias dos presos também sofrem por terem que se deslocar a outras cidades para verem seus parentes. “De acordo com o Dr. Samuel, Minas Gerais recebeu uma verba do governo Federal, para construção e 10 presídios, mas Pedro Leopoldo não quis oferecer o terreno para essa construção. A construção em outra área seria o ideal, pois o presídio de Pedro Leopoldo é totalmente ilegal, estando numa área residencial, oferecendo um risco muito grande para a população. Na ocasião da rebelião em dezembro do ano passado, as famílias poderiam ter sofrido algum dano, graças a Deus nada grave aconteceu”, acrescentou.

Durante a entrevista Assis revelou que uma moradora o contou sobre o pânico que os vizinhos tiveram na noite da rebelião, que começou por volta das 23hs e foi até a madrugada, quem morava ali próximo não dormiu. Assis disse ainda que não sabe qual governo não quis liberar o terreno para construção do presídio, mas que Pedro Leopoldo perdeu uma grande oportunidade de construir uma unidade prisional dentro dos padrões que são ditados pela política de recuperação de presos e agora não se sabe quando haverá uma nova oportunidade.

Assis comentou ainda que ficou satisfeito ao ver as melhorias que estão sendo feitas desde que começaram as visitas da pastoral em 2009, porque antes o presídio era um verdadeiro caos e que as melhorias eram feitas somente na parte administrativa ficando as celas em total abandono. Era deprimente e perceptível a diferença. Agora, depois da rebelião, apesar da gravidade do evento, muitas mudanças vão ocorrer em benefício deles: os presos terão beliches de alvenaria; O piso foi elevado por causa da umidade; haverá também uma sala de aula, que antes não havia e eles ficavam totalmente ociosos saindo apenas 2 horas por dia para tomar sol, com isso terão oportunidade de ter aulas e poder aprender uma profissão. Além de uma sala multiuso mas que tudo isso ainda é pouco, visto que o presídio anteriormente era uma cadeia e que foi maquiado pelo governo transformando-o em presídio, que o prédio em si não oferece condições para que o preso tenha uma ressocialização pois lá não tem por exemplo uma sala para oficina de trabalhos manuais onde o preso possa exercer uma atividade.  E que também não sabe se nesse projeto essa oficina será construída, porque todo presídio tem 2 ou 3 salas de oficinas onde os presos podem desenvolver trabalhos, e aqui em Pedro Leopoldo não tem isso.

Assis aproveitou para convidar as famílias dos presos de Pedro Leopoldo para participarem no dia 29 de uma Missa que será realizada as 10hs da manhã na escola municipal Nhazinha de Carvalho.

BANNER SINTICOMEX NATAL

Direção de Presídio é afastada em Pedro Leopoldo

Reportagem e foto: Pacheco de Souza / Colaboração: Karina Novy

Afastada direção de presídio em PLNa última quarta-feira, dia 9, a Secretaria de Estado de Defesa Social – SEDS, afastou o diretor do presídio de Pedro Leopoldo, Roberto Cássio e o subdiretor Valney. De acordo com a SEDS, o afastamento da direção do presídio na cidade não tem ligação com a rebelião ocorrida no mês passado. “A Seds informa que de tempos em tempos há troca de diretores nos presídios. No caso de Pedro Leopoldo o que houve foi isso, o diretor geral e adjunto foram remanejados”.

 

A Secretaria de Estado de Defesa Social informa ainda que a direção do presídio foi assumida interinamente por Marcley Henrique Veloso (diretor) e o adjunto Charlisson.

 

Quanto à tentativa de fuga em dezembro passado, a SEDS informa que tudo está sendo investigado.

 

Fuga de presos e agentes de segurança feitos refém em Presídio de Pedro Leopoldo

Reportagem e foto: Pacheco de Souza

Fuga de presos em Pedro LeopoldoO presos do presídio de Pedro Leopoldo que haviam feito refém dois agentes de segurança e baleado outro agente no braço na madrugada dessa quarta-feira, dia 19, se entregaram há poucos instantes depois de quase 6 horas de negociação com a Polícia Militar. Os detentos tentaram fugir do presídio na noite de ontem por volta das 23 horas, mas foram interceptados pelos agentes que fazem a segurança do presídio e pela Polícia Militar que chegou rápido ao local e cercou a área.

Segundo informações dos próprios seguranças do presídio, a tentativa de fuga em massa aconteceu quando os detentos foram receber medicamentos durante a noite. “Eles mobilizaram um dos nossos agentes e tomou as chaves das celas e depois roubou as armas que ficam em uma sala separada”, contou um agente que pediu anonimato. Na hora da fuga cerca de 7 seguranças estavam no local, mas o presídio estava com 115 presos.

Depois de horas de negociação com o GATE, Juiz de Direito, Promotor de Justiça e outras autoridades, os presos se entregaram por volta das 07h. Todos os detentos foram levados para uma igreja evangélica que fica próxima do local até que sejam conferidas as celas do presídio.

A motivação para a tentativa de fuga dos presos em Pedro Leopoldo, seria a insatisfação com a alimentação servida na unidade prisonal. De acordo com a PM, os detentos que começaram o tumulto seriam assaltantes de bancos e de joalerias da região metropolitana.

Aguarde novas informações e imagens do local.