Confirmado primeiro caso de febre chikungunya em Minas Gerais

Matozinhos na Região Metropolitana de Belo Horizonte foi a primeira cidade do estado a diagnosticar a doença

Reportagem e foto: Pacheco de Souza / Fonte Rádio Itatiaia FM

Praça Bom Jesus em Matozinhos

Praça Bom Jesus em Matozinhos

O primeiro caso de febre chikungunya transmitido em Minas foi confirmado nesta segunda-feira pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), em coletiva na Cidade Administrativa. A doença foi confirmada por exames feitos na Fundação Ezequiel Dias (Funed).

Trata-se de uma mulher de 48 anos, que vive em Matozinhos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ela não teve o nome revelado.

A vítima sentiu os primeiros sintomas da doença no dia 27 de agosto deste ano. A mulher está bem e relatou que sentiu dores de baixa intensidade nas articulações dos ombros, quadril e joelhos.

Outros municípios mineiros também têm casos suspeitos da febre: Belo Horizonte, Contagem, Montes Claros, Coronel Fabriciano e Viçosa. Foram descartados casos suspeitos em Mato Verde, Itaúna, Alfenas e Santo Antônio do Monte.

Para evitar a transmissão do vírus é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros dos mosquitos. As medidas são as mesmas para o controle da dengue.

A partir desta terça-feira (14), a SES-MG prometeu realizar uma força-tarefa em Matozinhos, onde haverá fumacê e a capacitação de profissionais médicos.

Histórico da doença 
A febre chikungunya foi identificada pela primeira vez na Tanzânia, no início de 1952, e desde então têm sido relatados surtos periódicos da doença na Ásia e no continente africano.

De acordo com o estudo da Organização Mundial de Saúde (OMS), o nome chikungunya tem sua origem em uma palavra em maconde (língua dos povos macondes que habitam o norte de Moçambique e o sul da Tanzânia) que significa “aqueles que se dobram”, descrevendo a aparência encurvada dos pacientes que se contorcem por causa das dores intensas nas articulações.

Sintomas

O vírus causador da doença é o CHIKV, do gênero Alphavirus, que provoca febre alta, conjuntivite, dor e inchaço nas articulações (especialmente nas mãos e nos pés), além do aparecimento de pequenas pústulas na pele (exantema) e de outros sintomas característicos da virose como dor de cabeça, dor muscular, vômito e fadiga.

Em alguns casos, a dor nas articulações é tão forte que chega a impedir os movimentos e pode perdurar por meses depois que a febre vai embora.

A febre chikungunya, no entanto, costuma ter menos complicações que a dengue e não há registro de forma de manifestação hemorrágica da doença, sendo as mortes relacionadas à infecção por CHIKV bastante incomuns.

Transmissão

São dois os principais vetores do CHIKV: os mosquitos Aedes aegypti Aedes albopictus, muito comuns nas áreas tropicais, mas também presentes em latitudes mais temperadas.

Após contato com o vírus, os mosquitos tornam-se capazes de transmitir o vírus em cerca de dez dias a um hospedeiro suscetível, tal como o ser humano. Este, depois de ser picado pelo mosquito infectado com o vírus, leva de três a sete dias para começar a sentir os sintomas da doença. Passados os sintomas, o paciente deixa de transmitir a doença.

Para se ter uma ideia da capacidade de propagação da doença, em 2006, um surto da epidemia atingiu a Índia ocasionando mais de 1,5 milhões de casos.

De acordo com a OMS, as autoridades locais de saúde devem ficar alertas, pois dada a distribuição dos vetores (mosquitos) pelas Américas, toda a região se torna muito suscetível à introdução e à propagação do vírus.

Tratamento 

Com sintomas muito parecidos aos de outras doenças, a confirmação do diagnóstico é feito a partir da análise clínica de amostras de sangue.

O tratamento contra a febre chikungunya é sintomático, ou seja, analgésicos e antitérmicos, sempre sob supervisão médica, são indicados para aliviar os sintomas. Medidas como beber bastante água e guardar repouso também ajudam na recuperação.

Anti-inflamatórios e até fisioterapia podem ser indicados ao paciente se a dor nas articulações persistir mesmo depois da febre ter cessado.

Prevenção

Como não existe ainda uma vacina contra a febre chikungunya, o melhor meio de prevenir a doença é combater a proliferação dos mosquitos transmissores da doença. No caso do Aedes aegypti, cuja ocorrência é mais urbana, deve-se evitar o acúmulo de lixo e objetos que possam acumular água parada para servir de criadouro do mosquito. Já no caso do Aedes albopictus, o combate é dificultado por ele viver e se reproduzir em ambientes com maior cobertura vegetal, como matas e áreas suburbanas e por se alimentar, ao contrário do Aedes aegypti, com certa frequência do sangue de outros animais vertebrados, como cachorros, gatos e bois.

Por isso, recomenda-se que qualquer caso suspeito de infecção pelo CHIKV seja notificado em até 24 horas para os órgãos oficiais dos serviços de saúde, para que sejam identificados e isolados os focos de transmissão da doença.

PREFEITA ELOÍSA PEDE APOIO DE TODOS CONTRA A DENGUE

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Reportagem e fotos: Pacheco de Souza

Após lançar o combate a dengue em Pedro Leopoldo, feito com água sanitária, a Prefeita de Pedro Leopoldo revelou em entrevista essa semana à Rádio PL FM que a população tem que ser parceira do município e ajudar no combate ao mosquito transmissor da doença. Durante a entrevista a chefe do executivo municipal deixou claro que o governo local está fazendo sua parte através dos mutirões de limpeza, do fumacê e da força tarefa que acontece junto com o Governo Estadual.

Lançamento da campanha na Praça da Chico Xavier

Lançamento da campanha na Praça da Chico Xavier

Na entrevista a prefeita Eloisa pediu o apoio dos moradores nessa guerra contra a dengue. “Precisamos da conscientização de todos, temos que estar vigilantes com o nosso quintal para acabar com essa praga que é a dengue. Fico muito triste quando vejo lixo espalhado pelas ruas da cidade, porque eu sei que a coleta de lixo funciona regularmente e não há necessidade disso”, disse.

Prefeita garante que o município estará mais atento e vigilante no combate a dengue a partir do seu governo. “Esse trabalho é preventivo, como tudo na saúde deve ser, coisa que não foi feito pela administração anterior, mas a partir desse ano vamos dar prioridade não somente nessa época, mas durante todo o ano, para evitar essa calamidade no município como estamos vivendo nos dias de hoje”, prometeu.

Quase 1.500 litros de água sanitária estão sendo distribuídos na cidade

Quase 1.500 litros de água sanitária estão sendo distribuídos na cidade

ÁGUA SANITÁRIA

Os litros de água sanitária entregues pelo governo estadual no último final de semana já começaram a chegar às casas dos moradores de Pedro Leopoldo. A entrega é feita pela Secretaria de Saúde através da equipe de vigilância sanitária.

MAIS DENGUE

Nesse final de semana membros da Igreja Assembléia de Deus no bairro São Geraldo, coordenados pelo Pastor José Cláudio, vão percorrer ruas do bairro e também o centro da cidade para recolher todo tipo de lixo que serve para acumular água. De acordo com o pastor são esperados mais de cem fiéis para trabalhar nesse mutirão do bem.

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