Obra da prefeitura causa transtorno a moradores de Lagoa de Santo Antônio

Reportagem: Ingryd Rodrigues / Fotos: Pacheco de Souza

Piso da casa de Patrícia está amarelo de tanta poeira

A prefeitura iniciou uma obra no bairro Lagoa de Santo Antônio, entre as ruas Aurélia Ribeiro e João Miguel Ribeiro, conhecido como Condomínio Lagoa de Santo Antônio, próximo ao Bar do Petisco.

Foi iniciado uma espécie de terraplanagem no local há três meses, entretanto, por alguma razão a obra foi interrompida.

A equipe do Mix Notícias, foi até o local e conversou com Patricia Cristina de Souza, ela mora bem próximo das obras, mas não soube dizer porque a obra parou. Ela disse que inicialmente a obra iria ser um campinho, mas ao conversar com o secretário de obras, ele contou que ali seria uma pracinha.

“Nada que fizer aqui vai me incomodar, não me interessa o que vão fazer aqui, o que me interessa são essas condições que eles deixaram, é isso que está causando transtorno.” afirma Patrícia reclamando da poeira que está acumulada na rua, bem na porta da sua casa.

Segundo a moradora, quando chove a poeira vira barro, e quando não chove incomoda e suja muito todas as casas. “O asfalto parece estrada de terra, não parece asfalto. O acesso da garagem que é branco está amarelo, não importa o quanto a gente limpe.” Diz Patrícia.

Outra moradora que também está passando muitos transtornos por causa desta obra inacabada é Vanessa Caroline Thomé: “Quando passa carreta o bicho pega, tem que ficar lavando todo dia, toda hora. A sujeira junta toda na casa da gente. O trem tá feio aqui em cima, quando vou tomar banho a água sai vermelhinha. Porque que começaram uma obra se não tem condições de terminar? Melhor era deixar do jeito que tava.”

A nossa equipe procurou a Prefeitura de Pedro Leopoldo e até o fechamento desta matéria não obtivemos respostas sobre o que vai ser feito no local, nem quando pretendem dar continuidade na obra. O Secretário Municipal de Obras conversou com a nossa equipe por telefone e prometeu uma medida paliativa, segundo o Engenheiro Wilson Marques, o local será molhado pelo menos três vezes por semana para apagar a poeira.

Anteriormente o local era usado por um morador para criação de cavalos e a prefeitura desapropriou a área para fazer a obra. Até uma espécie de horta comunitária também foi iniciada por moradores, mas a prefeitura não autorizou a sequência.

Veja algumas fotos do local

FASHION CITY BRASIL RECEBE NOVA PARCELA DE FINANCIAMENTO DO BDMG

rodeio show 2014

Megaempreendimento, que conta com investimento de R$ 141 milhões, começa a ganhar forma

Reportagem e foto: Pacheco de Souza

Maquete do empreendimento

Maquete do empreendimento

O Fashion City Brasil, maior complexo de moda da América Latina, conta com investimento de R$ 141 milhões para sua implantação. Do valor total, R$ 50 milhões estão sendo financiados pelo Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), parceiro do projeto. O empreendimento recebeu no fim de março a segunda parcela do financiamento, de R$ 8,4 milhões, para dar andamento à construção do shopping no terreno de 205 mil m², localizado no Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A primeira parcela de investimentos permitiu ao Fashion City Brasil iniciar suas obras, que empregam atualmente cerca de 80 pessoas diretamente, além do contingente de trabalhadores indiretos, das empresas de terraplanagem e de pré-moldados. Um dos sócios e o responsável pela estratégia do complexo de moda, Gilson Amaral Brito Jr., considera que os recursos recebidos por intermédio do BDMG são fundamentais para garantir a credibilidade do projeto nessa fase de implantação. “O empreendimento deixa de ser uma promessa para ser uma realidade concreta, o que aumenta a confiança dos clientes, a adesão ao projeto e repercute no aumento das receitas”, afirma. Gilson ainda destaca a importância da parceria entre as duas instituições: “O BDMG sempre acreditou e se mostrou pronto a apoiar a iniciativa. O Fashion City terá um papel importante para o desenvolvimento do Vetor Norte e para o fortalecimento de Minas Gerais no mercado da moda nacional, sendo uma solução para empresários produtores e revendedores”.

Para João Paulo Moreira, gerente de negócios do BDMG, o projeto do Fashion City está alinhado à política estadual de expansão do Aeroporto de Confins. “O empreendimento irá atrair investimentos de cerca de 350 empresas do segmento de moda para o Estado, gerando emprego e renda para a região. Além disso, há a preocupação em utilizar mão de obra local, tendo em vista a parceria do shopping com a Fundação Pedro Leopoldo para a capacitação de gerentes e vendedores”.

Instalado a 4 km do Aeroporto Internacional de Confins, o Fashion City Brasil, efetivamente, começa a ser edificado. Estão sendo usados, simultaneamente, até 70 equipamentos pesados, como escavadeiras hidráulicas, rolos compactadores e caminhões pipa e basculante. Para tornar o local plano, foram aterrados 27 metros de talude, o equivalente a um prédio de oito andares. Para o alicerce, são utilizados cerca de 3.600 m³ de concreto, além de 308 toneladas de aço.

Metade das etapas de corte e aterro do terreno, com movimento aproximado de 1.200.000 m³, já está concluída, o que significa que as obras seguem dentro do cronograma. A área em que será instalado o mall, especificamente, está sendo tratada como prioridade nessa fase. Enquanto isso, os serviços de fundação, incluindo a colocação de estacas e blocos, já estão 25% concluídos. A fase de montagem da estrutura pré-moldada em concreto, com a colocação dos primeiros pilares e vigas da edificação, teve início no final de fevereiro.

Como o planejamento é seguido à risca, os engenheiros responsáveis pela obra preveem que, até julho deste ano, toda estrutura vai estar pronta e montada. Na sequência, serão iniciadas as instalações do telhado, da parte elétrica e hidráulica. A expectativa é de que, em novembro, os espaços sejam entregues aos lojistas para o acabamento final e personalização. A inauguração do Fashion City Brasil está programada para 2015.