Três irmãos vão se casar em celebração coletiva em Muriaé

Casamento civil será realizado nesta sexta-feira, 12/11, com 220 casais


Para Paulo, essa foi uma oportunidade para oficializar sua união com Luana (Crédito: Paulo Júnior)

Reportagem: Pacheco de Souza / Fonte: TJMG

Nesta sexta-feira, 220 casais irão receber as certidões de casamento em uma celebração coletiva e festiva em Muriaé. Dentre eles, há três irmãos. Paloma, Polyane e Paulo. Eles aceitaram a proposta do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e do Centro Universitário Faminas de Muriaé e irão se casar no mutirão. Após junho deste ano, conseguiram converter a união estável em casamento.

A cerimônia será realizada no salão nobre da faculdade, com direito a tapete vermelho, marcha nupcial, fotos, benção, troca simbólica das alianças e outras lembranças. “São vários os parceiros que se uniram para tornar esse momento único e realizar um sonho que é de muitos. De formalizar o casamento, principalmente passando por uma fase tão difícil que é a pandemia. Acredito que os casais que venceram esse momento, com mais razão ainda, devem celebrar a união e comunhão de vida”, comentou o juiz coordenador do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc) de Muriaé, Juliano Veiga.

Sentimentos

“Muita felicidade, muita ansiedade. É tudo muito esta semana”, comentou Paloma Cruz de Oliveira. “Eu sou mais ansiosa que ele, estou numa ansiedade danada para chegar sexta-feira e a gente se casar. É o meu sonho casar, ainda mais quando a gente ama”, disse a irmã de Paloma, Polyane de Oliveira, referindo-se ao marido. “É muito bom, muito positivo para a família. E uma oportunidade. Se não fosse agora, ia demorar algum tempo ainda para o casamento. Estou desempregado”, contou o irmão Paulo de Oliveira.

O juiz Juliano Veiga acredita que os casais que venceram a pandemia têm ainda mais razão para celebrar a união e comunhão de vida (Crédito: Juliano Veiga)

Critérios

O juiz lembrou que não houve custo algum para os casais. Entre os critérios para participar do mutirão, estava a condição de hipossuficiência. “Os inscritos deveriam ter renda familiar inferior a dois salários mínimos, estar convivendo em união estável, de fato, há mais de um ano, entre outros requisitos.”

Morar na região de Muriaé era outro critério, conforme mencionou o professor do curso de Direito e do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) da Faminas e coordenador do Posto de Atendimento Pré-Processual (Papre), Eduardo de Assis Pinheiro. “Há pessoas da zona rural, semianalfabetas. E a nossa motivação é dar oportunidade para as pessoas exercerem seus direitos. O curso de Direito é essencialmente ligado à cidadania. O nosso trabalho é, portanto, levar cidadania a quem precisa.”

O TJMG e o Centro Universitário Faminas contaram com a parceria do Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais de Muriaé e da Ordem dos Advogados do Brasil – 36ª Subseção.

Entre as certidões estão também as de um homem, seu pai e sua mãe. Conforme o juiz, pai e mãe formarão nova família, casando-se com outros companheiros, no mesmo dia em que o filho formalizará sua união com a mulher com quem vive em união estável. Há também a formalização de dois casais homoafetivos.

Protocolos

O evento será realizado de acordo com o estipulado pelo Comitê de Enfrentamento à Covid da região: uso de máscara e álcool em gel. “O casamento será realizado em dois turnos, um na parte da tarde e outro na parte da noite, respeitando o limite de pessoas orientado pela prefeitura”, comentou o professor.