Bolsa Família: municípios e estados devem informar sobre a saúde dos beneficiários até 28 de junho

Reportagem e foto: Pacheco de Souza

SAÚDEEquipes de saúde de todos os estados e municípios brasileiros já podem começar a registrar as informações de saúde dos beneficiários do Programa Bolsa Família, referentes ao primeiro semestre de 2013. Nesta semana, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) liberou o acesso ao Sistema de Gestão do Programa Bolsa Família (SIGPBF), que ficará aberto até o dia 28 de junho para registro do acompanhamento de saúde.

Durante esse período, os responsáveis pela área de saúde dos municípios devem registrar as informações sobre a vacinação das crianças menores de 7 anos e sobre o acompanhamento médico de mulheres gestantes e nutrizes entre 14 e 44 anos. Além disso, entram no sistema também dados nutricionais desses dois segmentos populacionais.

“Há todo um trabalho de orientação, capacitação e monitoramento, que é feito pela assistência social para auxiliar as equipes de saúde e que será intensificado agora, por causa da mudança de gestão em muitos municípios”, diz o diretor do Departamento de Condicionalidades do MDS, Daniel Ximenes. “Orientações para tirar dúvidas sobre as contrapartidas e o programa, capacitações sobre como acessar e inserir informações no sistema e monitoramento para assegurar que a cobertura do acompanhamento seja a maior possível”, completa.

A vacinação das crianças menores de 7 anos e o comparecimento a consultas médicas por gestantes e nutrizes são as contrapartidas que devem ser cumpridas pelos beneficiários do Bolsa Família na área de saúde. O registro dessas informações é feito semestralmente pelas equipes de saúde municipais, em parceria com a área de assistência social.

As famílias que descumprem as contrapartidas do programa podem ter o benefício bloqueado, suspenso e até cancelado. No entanto, esclarece Daniel Ximenes, o objetivo maior do acompanhamento e do registro de informações no sistema não é punir os que descumprem, mas servir como indicador ao poder público para melhorar o acesso a serviços para essas famílias.

“O registro semestral é interessante, no caso da saúde, porque permite que os serviços sejam organizados e aprimorados, de modo que no próximo registro eles tenham sido realizados”, assinala Ximenes. Além disso, segundo ele, o descumprimento das contrapartidas de saúde e educação serve de alerta para que o Estado investigue e elimine os fatores que dificultam o acesso das famílias aos serviços de educação e saúde.

 

Concurso Público: Ministério do Desenvolvimento Social prorroga inscrições

Interessados têm até 23 de dezembro para concorrer a 120 vagas temporárias. Salários vão de 3,8 mil a R$ 8,3 mil

Reportagem: Pacheco de Souza

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) prorrogou até domingo (23) as inscrições do concurso para preencher 120 vagas temporárias, no site da Cetro Concursos. Também foram publicadas alterações nos requisitos de alguns cargos.  Mais informações no http://www.cetroconcursos.org.br

São três cargos que os candidatos podem se inscrever: 55 vagas para atividades de suporte, com salário de R$ 3,8 mil; 32 vagas para atividade técnica especializada, com remuneração de R$ 6,1 mil; e 33 vagas para atividade de complexidade gerencial, com salário de R$ 8,3 mil.

A jornada de trabalho é de 40 horas semanais. O interessado não pode ser servidor da administração direta ou indireta da União, estados, Distrito Federal ou municípios, nem empregado ou servidor de suas subsidiárias e controladas.

A taxa de inscrição varia de R$ 45 a R$ 65. As provas objetivas serão aplicadas em Brasília, no dia 3 de fevereiro de 2013. Já os títulos devem ser entregues nos dias 18 e 19 de março de 2013.

O processo seletivo tem validade de dois anos e pode ser prorrogado por igual período. Os contratos de trabalho dos aprovados terão validade de um ano, com possibilidade de ser estendido até cinco anos dependendo da necessidade do órgão.

Lei Orgânica da Assistência Social completa 19 anos

Reportagem: Pacheco de Souza

No dia 7 de dezembro de 1993, os movimentos sociais e entidades de assistência social do Brasil assistiam à aprovação, pelo Congresso Nacional, da Lei Orgânica da Assistência Social (Loas). Dezenove anos depois, o país celebra os enormes avanços de uma política de garantia de direitos consolidada, que proporciona o resgate da cidadania e a diminuição das desigualdades. Ontem também foi comemorado o Dia Nacional da Assistência Social, instituído em 5 de agosto de 2005 pela Lei nº 11.162, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A secretária nacional de Assistência Social do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Denise Colin, destaca uma série de conquistas, que só foram possíveis a partir da existência da Loas. A principal, ressalta, foi a transformação do Sistema Único de Assistência Social (Suas) em lei federal, em julho de 2011. “Essa legislação, reproduzida por todos os estados e municípios, confirmou a nossa política pública como um direito de toda a população.”

Para a presidenta do Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS), Luziele Tapajós, os 19 anos da lei representam o abandono definitivo do assistencialismo no Brasil e sua substituição por uma política forte e universal. “A Loas, de fato, deu nova constituição à assistência social. E, ao dar essa constituição forte de política pública, permitiu a consolidação do Suas, demonstrando a força de uma política que se constrói com as demandas do cotidiano e com a oferta universal de serviços socioassistenciais e de benefícios de transferência de renda.”

A opinião de Luziele é compartilhada pelo presidente do Conselho Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas), Valdiosmar Santos. Para ele, o melhor é perceber o quanto a Loas mudou, na prática, a vida do povo brasileiro. “Ela trouxe para as pessoas dignidade e qualidade de vida, além a cidadania.” Segundo ele, “quando assistidas pelo Estado, as pessoas começam a se perceber como seres independentes e como cidadãs, na medida em que não se sentem mais obrigadas a votar naquele que lhe dá a cesta básica, que faz as benemerências. Temos, por isso, muito a comemorar.”

Festejar a Loas significa lembrar de um passo importante que o povo brasileiro e os movimentos sociais deram, ao dizer que o Estado é o ente responsável por universalizar as ações da assistência e colocá-la no campo do direito, e não do voluntarismo, ressalta a presidenta do Fórum Nacional de Secretários Estaduais de Assistência Social (Fonseas), Maria Aparecida Ramos. “Mais do que comemorar, temos que trabalhar para que esse sistema avance cada vez mais, para alcançar a equidade social e a distribuição de renda em termos que atendam aos interesses de toda a população.”

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Divisor de águas

Como um divisor de águas, a aprovação da Loas, em 1993, deu início a um processo de construção da gestão pública e participativa da assistência social, que passou a operar sob a estrutura de uma política pública de Estado. A partir desse marco legal, o país ganhou um conjunto de normas que se fortaleceram gradualmente e que, especialmente de 2003 em diante, mudaram a vida de milhões de brasileiros.

Em 2004, a criação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) acelerou o processo. Em 2004, o Brasil passou a ter uma Política Nacional de Assistência Social e, no ano seguinte, nasceu o Sistema Único de Assistência Social.

Em julho de 2011, o Brasil ganhou seu segundo marco legal no campo da assistência social. A transformação do Suas em lei federal implantou, de fato, os artigos 203 e 204 da Constituição Federal de 1988, que estabelecem que a assistência social será prestada “a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social”.

 

 

 

 

 

Pronatec Brasil Sem Miséria supera meta de matrículas previstas para este ano

Reportagem: Pacheco de Souza

O Plano Brasil Sem Miséria superou este mês a meta de matrículas para os cursos de capacitação profissional de 2012. Em novembro, o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec Brasil Sem Miséria) chegou a 250 mil alunos. A previsão inicial era qualificar 230 mil pessoas.

“A oferta de cursos de qualidade, desenhados especialmente para esse público, está dando resultado. As pessoas aproveitaram a oportunidade. Prova disso é que superamos a meta do Pronatec Brasil Sem Miséria para este ano”, diz o secretário extraordinário de Superação da Extrema Pobreza do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tiago Falcão.

O programa é uma das estratégias de inclusão produtiva urbana do plano do governo federal para superação da extrema pobreza. Além de qualificar as pessoas, o programa objetiva inclui-las no mercado de trabalho.

A maioria dos alunos do Pronatec é formada por mulheres, que ocupam 65% das vagas. Os cursos mais procurados são aqueles ligados ao setor de serviços. Cerca de 20% das matrículas são para auxiliar administrativo, operador de computador e recepcionista.