Inquérito revela que esposa envenenou investigador do IML

Fonte: Polícia Civil de Minas Gerais

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) finalizou as investigações sobre o homicídio do investigador Alexandre Martins Pereira, lotado no Instituto Médico Legal (IML), morto por envenenamento após a ingestão de carbamato, praguicida conhecido popularmente como “chumbinho”. Em razão desse crime, a PCMG concluiu pelo indiciamento da mulher da vítima, Carolina Carina, por homicídio qualificado por motivo fútil, com emprego de veneno, meio insidioso e com recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima.

O crime ocorreu no dia 09 de janeiro deste ano, no bairro Alvorada, em Sabará, Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde Alexandre morava com a mulher. Conforme apurado, no dia dos fatos, a vítima tomou café da manhã e saiu para trabalhar. Após sentir-se mal, Alexandre decidiu retornar para casa, ocasião em que já chegou pedindo por socorro, com sintomas de vômito, desarranjo intestinal e intensa dor no peito. A vítima foi socorrida por vizinhos até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nações Unidas. No local, os médicos diagnosticaram um quadro clínico de envenenamento por carbamato. Alexandre foi encaminhado para o Hospital São José, na capital, onde permaneceu internado até o dia 17 de janeiro, quando não resistiu ao agravamento dos sintomas e morreu. O corpo da vítima passou por exame de necropsia, sendo encontrado no conteúdo gástrico de Alexandre o praguicida “chumbinho”.

Durante buscas realizadas na casa do policial, foram recolhidos diversos vasilhames e utensílios domésticos. Por meio de perícia realizada nesses objetos, foi possível atestar a presença, nas garrafas de café e na embalagem de achocolatado, de mais um praguicida: o cipermetrina. Carolina afirma que somente ela e o marido tinham acesso à casa em que moravam, no entanto, não soube explicar a origem dos pesticidas. Ela nega participação no crime. “Restou apurado pelos depoimentos testemunhais que a vítima mantinha um conturbado relacionamento amoroso com a indiciada Carolina Carina, com muitas brigas e, na véspera dos fatos, teria ocorrido uma inflamada discussão entre o casal, com motivação financeira e amorosa. De igual forma, restou apurado que a vítima já havia manifestado o interesse de se separar da indiciada” ressaltou o delegado que coordenou as investigações Emerson Morais.

Ainda em depoimento, familiares e amigos da vítima afirmaram que Alexandre não tinha nenhum histórico de tentativa de suicídio ou de desordem psicológica, não constando nenhum registro de afastamento ou tratamento psiquiátrico na ficha médica do policial.

MISTÉRIO: ANIMAIS ENVENENADOS NO HIBISCOS

Reportagem: Luciana Gonçalves / Fotos: Pacheco de Souza

ração envenenadaMoradores da rua Azaléia no bairro Morada dos Hibiscos em Pedro Leopoldo, estão curiosos para saber o que está acontecendo: vários cães e gatos estão morrendo nas casas, vasilhas e marmitex com restos de comida envenenada estão sendo encontrados na rua. Já foram contabilizados 8 cães e 2 gatos mortos, todos de casas diferentes. Os moradores estão tristes com a morte de seus animais queridos, principalmente as crianças.

De acordo com moradores do local, é possível que seja alguém da própria rua que não gosta de bichos e possa estar colocando esses alimentos, pois é somente nesta rua que o fato vem ocorrendo e também afirmam que a vizinhança é de gente boa e de paz.

Em conversa com Simone, moradora da rua que teve um pinscher envenenado e morreu há alguns dias, ela diz que o cãozinho era da filha, um presente que ela havia ganhado e está muito abalada com a perda do animal. “É preciso conscientizar essa(s) pessoa porque todo mundo tem direito de ter o que gosta. A gente sai com os bichinhos na rua para passear e eles voltam passando mal, muitas vezes não é possível detectar onde está o alimento envenenado, um simples deslize e eles já o comeram. O faro deles é mais aguçado que o nosso, com isso nós não conseguimos localizar a comida com a mesma rapidez, consequentemente não podemos tomar as providências necessárias para evitar a intoxicação. Os alimentos estão sendo encontrados sempre na porta de quem tem cachorro.” Afirma.

O sr. Roberto, dono de três pinscher também conta: “as vezes por volta das 03h da manhã tem um vizinho jogando água no pé de acerola para os cachorros pararem de latir, mas eu não cheguei a conversar nem procurar ninguém ainda. O que a gente quer é que essa pessoa pare com isso porque senão teremos que chamar a polícia para garantir o nosso direito de possuir animais domésticos, até porque isso é uma covardia muito grande. Já encontrei marmitex na esquina da rua com ração misturada com chumbinho e em frente ao portão da minha casa encontrei um resto de comida com chumbinho também.”

Dona Maria diz que seu cachorro, um poodle, saiu de casa a noite por um descuido e quando voltou estava passando mal: ” Ele chegou tonto e fazendo vômitos. Eu já encontrei 3 marmitex com veneno e caco de vidro na minha porta. Já levei ele à veterinária, mas não sei se ele vai sobreviver porque ela afirmou que ele comeu chumbinho e receitou antibióticos para ver se dá algum resultado e ele possa ser salvo. Eu não quero ver nenhum cachorro de nenhum vizinho sofrendo igual o meu, é muito triste, ainda mais pra mim que não tenho filhos e tenho os meus animais como companheiros, os trato como se fossem da família, alguns são até resgatados da rua e eu cuido deles e acabo tomando amor por eles. ” afirma pesarosa.

CÃES ENVENENADOS NO HIBSCOS (1) 695 X 320

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