Funilândia recebe primeira estação de tratamento de esgoto

Empreendimento, da Copasa, entrou em operação no final deste mês, com capacidade para tratar cerca de 432 mil litros de esgoto por dia.

Reportagem: Pacheco de Souza / Foto e informação: Copasa

Estação de Tratamento de Esgoto de Funilândia

Estação de Tratamento de Esgoto de Funilândia

A população de Funilândia, na região central do estado de Minas Gerais, passa a ter acesso a um sistema completo de esgotamento sanitário, dotado de coleta, transporte e tratamento dos esgotos. Está entrando em operação essa semana a primeira Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) da cidade. O empreendimento, da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), foi projetado para tratar 432 mil litros de esgoto por dia e atender a mais de três mil pessoas.

Para o gerente do Distrito de Ribeirão das Neves, Ronaldo Paulinelli, com a operação da ETE Funilândia, todo o município será beneficiado. “Isso representa mais qualidade de vida e saúde para a população, além de garantir a preservação do meio ambiente, por meio da despoluição do Córrego das Cabaceiras, afluente do Rio das Velhas”, comenta.

Desde que assumiu o sistema de esgotamento sanitário do município, em 2008, a Copasa vem trabalhando na manutenção das redes coletoras e na implantação de novas ligações prediais. Paralelo a esse processo de adequação ao sistema já existente, a empresa vinha executando obras de implantação de interceptores, estações elevatórias e da nova ETE.

Com aporte da ordem de aproximadamente R$ 2 milhões, o novo sistema conta com cinco quilômetros de redes coletoras, cuja função é coletar e transportar os esgotos até os 250 metros de redes interceptoras, que levam o esgoto até a ETE; duas estações elevatórias, sendo uma elevatória final dentro da ETE e a outra no bairro Lagoa de Fora, responsável por bombear os esgotos do referido bairro para os interceptores; e uma ETE.

A Estação de Tratamento é composta por estação elevatória, que recebe os esgotos e os bombeia para o reator; reator anaeróbio de fluxo ascendente, onde é feita a separação entre esgoto e lodo (decantação); filtro biológico de fluxo ascendente, onde o esgoto líquido é filtrado; leito de secagem, para onde é encaminhado o lodo, que também será desidratado; linha do biogás, em que há queima do gás que é produzido pelo reator anaeróbio – esse procedimento é fundamental para evitar o mau cheiro no entorno da ETE; e casa de química, onde são feitas análises de controle do processo para garantir que o efluente retorne com qualidade aos mananciais.

Além de contribuir para a qualidade de vida dos funilandenses, a obra permitirá que o processo de utilização da água dos rios seja efetivamente sustentável. Isso porque, agora, a água que é captada para abastecer a cidade, após ser utilizada, será devolvida ao manancial devidamente tratada, sem prejuízo ao meio ambiente e à saúde da população.