Polícia Civil faz Operação na sede da MaxNet em Pedro Leopoldo, Matozinhos e Capim Branco

Reportagem e fotos: Pacheco de Souza

Equipes da Delegacia de Fraudes e Defraudações de Belo Horizonte cumprem mandados de apreensão e de prisão na manhã desta quinta-feira, 06 de julho, na sede da empresa MaxNet em Pedro Leopoldo e Matozinhos. A Operação denominada “Fibra Ótica” também chegou ao município de Capim Branco. Ao todo, foram presos dois homens e cumpridos 11 mandados de busca e apreensão. De acordo com as investigações, a empresa que é do ramo de instalações de internet estaria ligada a outra empresa de fachada para praticar crimes de estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro.

Na sede da empresa localizada na Avenida Minas Gerais, em Matozinhos, e na Rua 1º de Setembro, em Pedro Leopoldo, foram apreendidas uma grande quantidade de material, tudo foi transportado em dois caminhões para a delegacia de Belo Horizonte.

SOBRE O ESQUEMA

Segundo a investigação, o esquema organizado contribuía para o faturamento de compras de materiais utilizados na instalação de internet e fibra ótica, com o dolo prévio de não efetuar o pagamento, assim como frustrar a quitação de tributos. Para isso, falsificaram documentos e deram nomes falsos a fim de ludibriar os estabelecimentos fornecedores, que sofreram um prejuízo aproximado de R$ 2 milhões. As empresas vítimas são de todo o Brasil.

O empresário Bruno Nascimento Moreira e o gerente da empresa “laranja” de nome Monlevade Telecomunicações, Jorge Abdo Chamon, foram presos e estão à disposição da Justiça. Os policiais civis também apreenderam diversos objetos relacionados à prática criminosa.

Delegado Daniel Buchmüller

O delegado Daniel Buchmüller (foto), responsável por executar a operação, esclarece a relevância das apurações dessa natureza: “a investigação mostra a seriedade de nosso trabalho e a importância da repressão a esses tipos de crimes”. Já o delegado Rodrigo Bustamante, que coordenou a operação, enaltece o comprometimento da equipe. “O Departamento Estadual de Investigação de Fraudes, por meio da sua Divisão Especializada, mira o combate a crimes dessa natureza, que traz grande prejuízo ao sistema financeiro e à ordem econômica. Além disso, a persecução destas infrações penais contribuirá na luta contra a criminalidade organizada e outros delitos graves” finalizou.

O OUTRO LADO

A nossa equipe não conseguiu localizar ninguém da empresa para falar sobre as acusações. No entanto, o advogado dos acusados, Dr. Alexandre Miranda, conversou rapidamente com a nossa equipe por telefone e disse que a MaxNet realmente está negativada, mas que o Bruno Nascimento já estava negociando com os clientes os pagamentos das dívidas. A negociação dos pagamentos das dívidas entre a MaxNet e os fornecedores seria de conhecimento da equipe de investigação e, segundo a defesa, a prisão dos acusados seria “desnecessária”.

Sobre as demais acusações feitas pela Polícia, o advogado disse que os acusados negam.

Atualizada às 23h50.

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