ALMG discute criação de delegacia para combater discriminação racial

Reunião conjunta das Comissões de Segurança Pública e de Direitos Humanos acontece amanhã em Belo Horizonte

Reportagem: Pacheco de Souza / Foto: Divulgação

Plenário da Assembléia de Minas

Plenário da Assembléia de Minas

Deputados da Assembleia Legislativa de Minas – ALMG, realizam nessa terça-feira, dia 5 de junho, 1ª reunião conjunta das Comissões de Segurança Pública e de Direitos Humanos, para discutir a proposta do Deputado Durval Ângelo, da criação de uma Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância. O parlamentar defende a criação da delegacia, tendo em vista as diversas denúncias de prática de crimes inerentes a discriminação racial, étnica, religiosa e de outras formas de violação de direitos fundamentais no Estado.

Foram convidados para essa 1ª reunião: Deputado Federal Nilmário Miranda, Câmara dos Deputados; Cylton Brandão da Matta, Chefe da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais; Nívia Mônica da Silva, Promotora de Justiça e Coordenadora do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos e Apoio Comunitário; Clever Alves Machado, Coordenador Especial de Políticas Pró Igualdade Racial – Sedese; Marcos Brafman, Presidente da Federação Israelita do Estado de Minas Gerais; Frei Gilvander Luís Moreira, Assessor da Comissão Pastoral da Terra de Minas Gerais; Marcos Antônio Cardoso, Coordenador Nacional da Entidades Negras – Conen; Célia Gonçalves Souza, Coordenadora Nacional do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-brasileira – Cenarab.

SERVIÇO:

1ª Reunião Conjunta das Comissões de Segurança Pública e de Direitos Humanos

Data: 05/06/2013

Horário: 09h30

Local: Auditório da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais

LUAL DA PL FM 695 X 200 - EDITADO 450 X  300

Depois de assaltada, família aguarda quase 24h para ser ouvida na Delegacia de Polícia Civil

Reportagem e fotos: Pacheco de Souza

Família aguarda quase 24 horas para ser ouvida em DelegaciaVítimas duas vezes. Depois de ser assaltada na noite da última sexta-feira, dia 28, com armas apontadas para a cabeça, a família do bairro Sônia Romaneli em Pedro Leopoldo foi levada para a Delegacia de Plantão (foto) no bairro Jardim da Glória em Vespasiano na região metropolitana de Belo Horizonte. A angústia da família que começou por volta das 22h do dia 28, só terminou no dia seguinte por volta das 20h30 quando eles deixaram a delegacia de Polícia Civil após todas as partes citadas na ocorrência serem ouvidas.

O procedimento adotado pela autoridade policial é normal, mas poderia ser menos doloroso se Pedro Leopoldo tivesse uma Delegacia de Plantão para receber as ocorrências da PM após as 18 horas e também nos finais de semana. No modelo atual, a vítima, os Policiais Militares e o suspeito conduzido pela PM, sofrem por causa da demora no atendimento. O motivo é que na delegacia de plantão do bairro Jardim da Glória a equipe é pequena e, para piorar, a Unidade Policial ainda recebe ocorrências de 11 cidades.

Delegacia de Vespasiano - 3ª Departamento PC - 345 X 237Quem depende do atendimento reclama, “isso é um absurdo, na hora do assalto eu estava chegando do trabalho, depois a PM localizou um dos suspeitos e fomos trazidos pra cá. Estou sem dormir, sem café da manhã, sem almoço e banho, se não fosse pelo carro teria desistido de registrar a ocorrência”, comentou uma das vítimas do assalto.

No Departamento de Polícia Civil – Regional Vespasiano, no bairro Jardim Glória, tentamos conversar com um investigador para explicar sobre o atendimento no local, mas ele informou que teríamos que aguardar o delegado de plantão concluir os trabalhos para ver se ele poderia falar com nossa reportagem.

Falta de conforto

A sala onde as vítimas, suspeitos, autoridades policiais, familiares dos acusados e até advogados ficam para aguardar o atendimento é pequena, nela tem uma mesa grande e três cadeiras.