JUSTIÇA AUTORIZA DEMOLIÇÃO DE GALPÕES NA ANTIGA FÁBRICA DE TECIDOS DE PEDRO LEOPOLDO

ALVARÁ AUTORIZATIVO EXPEDIDO NO INÍCIO DESTE MÊS RECOMENDA A MANUTENÇÃO DE ESPAÇOS JÁ TOMBADOS PELO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL DA CIDADE

Reportagem: Pacheco de Souza / Foto do arquivo Mix Notícias

Pedro Leopoldo surgiu no entorno da Fábrica de Tecidos

Pedro Leopoldo surgiu no entorno da Fábrica de Tecidos

A 2ª Vara de Justiça de Pedro Leopoldo atendeu ao pedido dos representantes da empresa Arizona Têxtil e concedeu alvará autorizativo para a demolição dos galpões onde abrigava as máquinas de tear da antiga Fábrica de Tecidos do Município. O documento foi assinado pelo Juiz Dr. Henrique Alves Pereira no último dia 02 de dezembro, já a demolição começou nessa quarta-feira, dia 11.

Os advogados da empresa entraram com o pedido na justiça no dia 29 de novembro deste ano, justificando que a demolição tem o intuito de salvar vidas de pessoas que ainda transitam pelo local. “Requer seja deferida demolição dos galpões e áreas comprometidas, excluindo-se aquelas que já são objeto de tombamento e a chaminé, com intuito de evitar fatalidade no local”, diz o documento enviado à justiça.

O Portal Mix Notícias teve acesso com EXCLUSIVIDADE a uma cópia do documento assinado pelo Juiz da cidade. Nossa equipe foi informada que o próprio Magistrado, antes de conceder a autorização, visitou o local para fazer uma inspeção e junto com ele foram os representantes da empresa, departamento jurídico da Prefeitura Municipal e membros do Conselho do Patrimônio Histórico da cidade. “Ficou constatado que no dia da realização da inspeção, que a estrutura dos galpões está em péssimo estado, podendo cair a qualquer momento”, afirmou. Dr. Henrique acrescentou que “preservando a chaminé, estaremos preservando a memória do espaço”.

Antes de assinar o alvará autorizativo, o Juiz da 2ª Vara de Justiça de Pedro Leopoldo recomendou que seja mantido a praça interna da fábrica de tecidos que inclui: o armazém, o consultório, o poço artesiano, a casa do gerente, o casarão da fábrica, a casa de força e a casa de máquinas. Além do açougue e a sede da Corporação Musical Cachoeira Grande e a chaminé.

A empresa que estava impedida pela Justiça de fazer qualquer modificação no local desde 2011, iniciou a demolição dos galpões nessa quarta-feira, dia 11.

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