Brasil e Venezuela debatem superação da extrema pobreza

Ministra Tereza Campello recebeu, nesta sexta-feira (30), a vice-presidente da área social do país vizinho

Reportagem: Pacheco de Souza

A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, recebeu nessa sexta-feira (30) a vice-presidente da área Social da Venezuela e ministra da Educação, Marlene Yadira Cordova. Elas debateram sobre as estratégias de superação da extrema pobreza que cada país desenvolve.

Na Venezuela, 21% da população estavam nessa situação no início do governo de Hugo Chaves – há 13 anos – e hoje são 7%. Marlene contou que atualmente existe um programa específico de transferência de renda para famílias com filhos de até 18 anos, onde são destinados US$ 100 por pessoa, com repasse máximo para três pessoas por cada unidade familiar. Segundo ela, a medida em que o país avança na superação da extrema pobreza, o processo fica mais difícil. Uma das medidas do governo é tentar fazer a inclusão produtiva dessas famílias.

A Vice-Presidência da Área Social da Venezuela é formada por 12 ministérios. “O modelo de gestão pública é parcelado e estamos integrando nesse esforço”. Tereza Campello comparou o modelo venezuelano ao Plano Brasil Sem Miséria, que articula 10 ministérios. “É muito bom ter um espaço de concertação dessas políticas. Não temos um fórum que trate de todas, mas o Brasil Sem Miséria é um pouco isso”, disse a ministra brasileira.

Marlene perguntou para Tereza Campello sobre o Brasil Carinhoso e sua expansão – anunciada na quinta-feira (29). A ministra brasileira disse que a ação do Brasil Sem Miséria não prevê apenas a transferência de renda, mas também ações na área da saúde e da educação, com incentivo financeiro para que os municípios priorizem as crianças do Bolsa Família na oferta de vagas na educação infantil.

A ministra venezuelana está em Brasília participando da XXIII Reunião de Ministros e Altas Autoridades de Desenvolvimento Social do Mercosul e Estados Associados. O país vizinho entrou oficialmente no bloco econômico em julho passado.