Justiça julga e condena homem que matou a esposa a facadas em março deste ano em Pedro Leopoldo

Cristian Daniel de Oliveira foi condenado a nove anos, oitos meses e vinte dias de prisão em regime fechado

Reportagem e foto: Pacheco de Souza

Alguns familiares, de ambos os lados, acompanharam o julgamento

Alguns familiares, de ambos os lados, acompanharam o julgamento

O Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Pedro Leopoldo, formado por sete homens, decidiu nesta tarde condenar Cristian Daniel de Oliveira, a 14 anos de prisão em regime fechado, mas a pena foi reduzida para 9 anos, oito meses e 20 dias após verificados alguns privilégios previstos em Lei, como por exemplo: o fato dele ter confessado e ter se entregado depois que matou a facadas a esposa, Verônica Nunes de Souza de 42 anos.

O crime foi em março deste ano, no bairro Lagoa de Santo Antônio, na Região Norte de Pedro Leopoldo.

O julgamento de Cristian aconteceu no Auditório do Sinticomex, à Rua São Sebastião nº 147, no centro de Pedro Leopoldo. A Sessão do Júri foi presidida pelo Juiz Dr. Otávio Batista Lomônaco.

Após lida a sentença, o representante do Ministério Público de Minas (MP/MG), Dr. Flávio César de Almeida Sales, falou sobre a condenação do réu. “O MP recebe com serenidade este julgamento e ficamos satisfeitos com o resultado. A questão do privilégio reconhecida pelo Conselho de Sentença, é uma questão de análise de prova e de cada situação envolvendo este caso em específico, de forma, que respeitamos a decisão do Conselho de Sentença”, comentou o promotor acrescentando que não entrará com recurso.

A defesa do réu disse que vai recorrer da decisão da Justiça. “Acredito que há possibilidade de discutir a qualificadora, ou seja, trata-se de uma espécie de homicídio privilegiado, o chamado crime passional. Dentro deste sentido não há de se falar na surpresa, enquanto qualificadora do recurso que impossibilitou ou dificultou a defesa da vítima”, observou o Defensor Público, Dr. Adriano Lúcio dos Santos.

Familiares do réu e da vítima acompanharam até o final o Julgamento, os trabalhos foram encerrados por volta das 14h40.

CLIQUE AQUI e leia mais sobre o homicídio.

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Corpo de mulher assassinada pelo próprio marido em Pedro Leopoldo foi sepultado no final desta tarde

CRIME ACONTECEU NA MADRUGADA DE HOJE NO BAIRRO LAGOA DE SANTO ANTÔNIO

Reportagem: Pacheco de Souza

O corpo de Verônica Nunes de Souza, 42 anos, assassinada na madrugada desta quinta-feira (05) no bairro Lagoa de Santo Antônio em Pedro Leopoldo, foi sepultado no final da tarde de hoje no cemitério do mesmo bairro onde ela morava com o esposo que é o principal suspeito do crime. O corpo da vítima chegou ao velório aproximadamente às 16h00 e foi sepultado às 18h30.

Verônica foi morta a golpes de faca dentro da própria casa onde vivia com o marido, localizada na Rua Celestino Rodrigues. Cristian Daniel de Oliveira, 30 anos (acusado) se entregou à Polícia após cometer o homicídio, ele aguardou a chegada de uma viatura Policial no portão da casa e ainda levou os Militares até o quarto onde estava o corpo da esposa. Antes de ser conduzido à Delegacia o acusado foi levado ao Pronto Atendimento Central para atendimento médico, já que ele feriu a mão com a faca. De acordo com a Polícia, pouco antes do crime, o homem teria usado crack e bebidas alcoólicas.

Um vizinho que teria ouvido os gritos da mulher tentou evitar o crime, mas por pouco não foi atingido pelo suspeito.

A REPERCUSSÃO DO CASO NAS FAMÍLIAS 

A motivação do crime ainda é desconhecida, mas o pai do suspeito acredita que a crise de ciúmes entre o casal tenha provocado a reação violenta do filho. “Meu filho é viciado em crack e também faz uso de bebida, e acho que tudo isso tem haver com crise de ciúmes do casal. Eles estavam juntos há cerca de um ano e sempre brigavam por ciúmes. Eu já tentei dar conselhos para o casal e os pais da Verônica também deram conselhos, mas infelizmente não conseguimos evitar essa tragédia”, comentou Geraldo Oliveira “Aladim” acrescentando que a vítima era uma pessoa muito amada pela sua família.

Geraldo frisou ainda que sua nora, em outra ocasião, ao tentar correr para evitar ser agredida pelo marido, se jogou do segundo andar de um prédio no Distrito de Dr. Lund e fraturou as pernas. À época dos fatos, o agressor chegou a ser preso com base na Lei Maria da Penha.

Os familiares do acusado foram ao velório nesta tarde no bairro Lagoa de Santo Antônio.

Nossa equipe tentou nesta tarde localizar os pais de Verônica na Capela Velório da Lagoa para tentar gravar um depoimento do casal sobre o assunto, mas eles ainda não haviam chegado ao local. Nesta sexta-feira (06) pela manhã vamos novamente procurá-los para ver se eles tem interesse em comentar sobre o crime praticado pelo genro.

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